Que haja luz! E houve luz.
O resplendor refulgente daquela luz esplêndida encheu todo o universo, empurrando as densas trevas para fora da existência. A intensidade do esplendor era tão vigorosa, que seria capaz de expor as minúcias das coisas criadas sem desaperceber dos detalhes microcósmicos da matéria em transformação.
A luz tem esse poder. Ela dissolve as sombras, expulsa as fantasias que por vergonha se escondem, transforma as ilusões sombrias em realidades racionais e inteligíveis.
Na arena espaço-tempo, quando a luz penetra os receptores óticos, com toda intensidade, produz nos seres vivos o efeito imediato de ofuscamento. Sim, o excesso de luz produz trevas, quando a iluminância supera a capacidade de absorção dos organismos.
Eis o mistério! Como descortinar a face do Eterno, diante de tão pequenas criaturas, sem cegá-las completamente? E quanto ao maravilhoso Plano Divino através dos séculos? Como seria possível a seres tão limitados compreender a riqueza e complexidade da vontade divina?
Somente se Deus, em sua incompreensível graça, se dignasse a fornecer sob condições limitadas, flashes parciais, relances dosados da Sua luz inacessível. E então, vez ou outra, Deus levantasse o véu, por um momento, permitindo que passasse um pouco mais de luz, a fim de que pudéssemos ir construindo, ainda que de forma limitada, a nossa compreensão do Plano Eterno.
É desse entendimento que surge o termo Apocalipse. Do grego clássico, significa literalmente “tirar o véu”, revelar, descobrir. O Apocalipse é a ação graciosa de Deus, levantando fugazmente o véu que pairava sobre implicações e aspectos temporais do Plano Divino através dos séculos.
Neste livro, o autor adentra com fé e reverência ao estudo da doutrina da Escatologia. Uma luz ofuscante, cujos flashes são percebidos em todo o texto sagrado, mas que brilha especialmente no livro da revelação, também chamado de Apocalipse.
Formato: 16×23
Páginas:338
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